sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Malaca


Fomos por Malaca.

Não a dos vice-reis e sultões, a de Afonso de Albuquerque, onde chegavam texteis da India, sedas e cerâmicas da China, cravo das Molucas, noz-moscada de Banda, papel de arroz de Samatra, cânfora do Brunei, madeira de Sândalo de Timor, pau-santo, bemjoim, chifres de Rinoceronte, marfim, pérolas, carpetes, adagas, batiques de Java. .. mercadores árabes do Cairo, Meca, Adem, Ormuz e da África Oriental com as embarcações carregadas de armas, tapeçarias, talheres de cobre, ópio, água de rosas, estoraques e incenso. Corante azul de Coramandel. Juncos chineses com seda em bruto para vestidos brocados em relevo, drogas aromáticas, cornalina e marfim.

Esta outra Malaca é à beira-tejo.
Também de especiarias e sedas, aromas que se misturam na cidade. Cacilheiros em vez de juncos, comerciantes e talvez também piratas.

Um dos sultões chama-se Miguel.
Português dos orientes, desembainha crepes vietnamitas, caril verde tailandês, saladas malaias, cremes de manga. Bate-se bem, galhardamente. Mesmo quando não vence todas as batalhas, que nem mesmo os melhores Sultões tudo podem vencer.

Deixamos promessas, abraços, trouxemos especiarias, sedas, sorrisos.

1 Comments:

Blogger Elsa Gonçalves said...

E vais emprestando, a quem te quiser ler e ouver...cheiros , sons, sinais e o mais que se quiser da Mala que inventas...todos os dias ukm bocadinho. Olha, pela parte que me toca o meu blog está muito mais bonito, desde que o visitas e eu estou muito mais ricqa desde que tu tens um blog. Isto de blogar é fixe, pena que nos ultimos dias tenha tido tão pouco tempo. Bêjos. maria

11:49 da tarde  

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